Produtor brasileiro lança linha de azeites diferenciados para o segmento premium.

Produtor brasileiro lança linha de azeites diferenciados para o segmento premium.

O fabricante do Café Orfeu lançou agora em julho uma linha de azeites com três versões, baseados em variedades diferentes de azeitonas: Arbosana, Koroneiki e Blend da Safra (Coratina, Grappolo e Picual).
Com apresentação sofisticada é a primeira marca brasileira no segmento premium da categoria de azeites.
Produzido em São Sebastião da Grama/SP, próximo de Poços de Caldas, na Fazenda Rainha, as oliveiras são cultivadas a mais de 1.300 metros de altitude, em um terroir de solo vulcânico. No alto dos olivais, está a capela de Santa Clara, desenhada por Oscar Niemeyer. Orfeu é uma marca que já nasce premiada em concursos internacionais de azeites.
A AzeiteOnline deseja muito sucesso aos amigos da Orfeu Azeites Especiais.

Conheça os detalhes destes produtos visitando o site da Orfeu Azeites Especiais

Portugal e Brasil assinam Memorando de Entendimento sobre a importação de azeite português

Portugal e Brasil assinaram na quinta-feira, 21/06/2012, um Memorando de Entendimento sobre a importação de azeite português para o mercado brasileiro, segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

A mesma fonte referiu que as negociações terminaram esta semana, tendo Portugal e o Brasil chegado a um compromisso após o impasse dos últimos meses.

“Os ministros da Agricultura, na presença do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, assinarão um Memorando de Entendimento entre os Governos de Portugal e do Brasil no domínio do Azeite, segundo o qual as análises são feitas na origem (Portugal) com o reconhecimento por parte das autoridades brasileiras da certificação atribuída pelas autoridades portuguesas e dos respetivos boletins”, disse Miguel Guedes, porta-voz do MNE.

“Isto implicou que os dois governos (Portugal e Brasil) trabalhassem na validação dos laboratórios portugueses, públicos e privados, que são especializados na certificação da qualidade do azeite nacional”. O Memorando prevê ainda uma forte cooperação institucional e técnica, pelos agentes económicos dos dois países, de modo a que, nos processos de produção, análise, certificação, rotulagem e comercialização do azeite, sejam respeitadas normas de controlo de qualidade, explicou o porta-voz.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil tinha aprovado a 30 de janeiro, uma instrução normativa que estabelecia novas regras para o controlo da entrada no Brasil do azeite importado, alegando a necessidade de combate à fraude e falsificação de produtos.

Caso entrasse em vigor no dia 1 de agosto, o azeite português passaria a ser analisado assim que chegasse aos portos do Brasil, tendo para isso de ser desembalado, aberto, extraída a amostra e esperar pelo respetivo resultado laboratorial.

“Esta medida provocaria enormes custos e dificuldades operacionais para os exportadores portugueses e para os importadores brasileiros, visto que se aplicaria a todos os lotes de azeite”, referiu o porta-voz do MNE.

“Um dos argumentos importantes na negociação foi, precisamente, o facto das boas práticas de comércio internacional, apontarem para o princípio de confiança na fiscalização na origem. O acordo prevê também cooperação técnica para uma futura adesão do Brasil ao Comité Oleícola Internacional”, acrescentou Miguel Guedes.

De acordo com os dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em termos globais, “a exportação de azeite português totalizou 194 milhões de euros em 2011 e 159 milhões em 2010, confirmando assim um aumento de cerca de 22%”.

“O mercado brasileiro representa atualmente 56% do total das exportações portuguesas de azeite, ou seja, 110 milhões de euros, a que se dedicam cerca de 50 das mais conhecidas empresas nacionais.

Portugal é país líder no fornecimento de azeite ao Brasil e as empresas portuguesas representam 55% do mercado em volume e 58% em valor. Seguem-se a Espanha e a Argentina com, respetivamente, 26% e 12% do mercado”.

Fonte: AF-Agência Financeira

Mais informações: RTP-Portugal

 

Efeitos da Crise Econômica na Europa no Mercado de Azeites

Efeitos da Crise Econômica na Europa no Mercado de Azeites

Artigo do “Jornal Valor Econômico” (29/05/2012) comenta os efeitos da crise econômica européia no mercado de azeites. Leia abaixo a íntegra da matéria:

“Crise na Europa ganha uma ‘pitada’ de azeite de oliva”

“Espanha, Itália e Grécia, que já enfrentavam uma crise econômica e financeira, agora se deparam com uma crise do óleo. Do azeite de oliva, mais especificamente. O preço do produto, básico para a dieta mediterrânea, despencou para o menor patamar em dez anos, após o consumo doméstico no Sul da Europa, onde estão os principais países produtores, ter diminuído com a crise econômica.
O declínio coincidiu com uma grande safra na Espanha, maior produtor, o que criou uma bolha e obrigou a União Europeia (UE), preocupada com a renda rural, a intervir para reduzir o excesso de oferta. “O mercado está em séria crise”, disse Pekka Pesonen, chefe da associação sindical agrícola Copa-Cogeca, em Bruxelas. “Esta safra é vital para os principais países produtores em termos de manutenção do emprego em suas áreas rurais”.
Espanha, Itália e Grécia são, de longe, os maiores produtores da commodity. São responsáveis por 70% da produção mundial de azeite de oliva. A safra é crucial para trabalhadores em algumas das áreas mais pobres da Espanha, como a Andaluzia, maior região produtora, onde o índice de desemprego no trimestre passado aumentou para 33%.
Jean-Louis Barjol, diretor executivo do Conselho Oleícola Internacional (COI), cuja sede fica em Madri, disse que a “oferta [de azeite de oliva] está acima da demanda” e estimou que até o fim da temporada os estoques vão chegar ao recorde de 1,1 milhão de toneladas, equivalente a cerca de 35% do consumo mundial anual.
A UE tentou resolver o excesso de oferta pagando às empresas para estocar azeite de oliva – o equivalente no mundo das commodities ao Banco Central Europeu (BCE) comprando bônus soberanos da Espanha, Itália e Grécia. Representantes sindicais agrícolas e autoridades políticas acreditam que a medida da UE acabou colocando um piso para os preços.
O preço do azeite de oliva extra virgem no mercado de atacado caiu neste mês para US$ 2,9 mil por tonelada, menor valor desde 2002 e menos do que a metade dos quase US$ 6 mil por tonelada observados em 2005, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O azeite de oliva também sofre com a maior concorrência de variedades mais baratas de óleos vegetais. A Eroski, uma popular rede espanhola de supermercados, vende o litro de óleo de girassol a €1,25, em comparação ao €1,99 do azeite de oliva de qualidade média e aos €3,25 do azeite de oliva extravirgem “premium”.
A Espanha deverá consumir neste ano o mesmo volume de azeite de oliva verificado em 2002, de acordo com o COI, enquanto Grécia e Itália verão a demanda doméstica voltar aos níveis de 1995. O declínio na demanda espanhola, italiana e grega vem sendo apenas parcialmente compensado pelo aumento de consumo em outros países.”

 

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